Guilherme Vinagre Pinto De Souza

CARBONO ZERO: Seu carro elétrico será chinês?

SEU CARRO ELÉTRICO SERÁ CHINÊS?

por Sérgio Teixeira Jr.

 

Elon Musk e a Tesla podem ser os nomes que vêm primeiro à mente quando se pensa na revolução dos carros elétricos, mas a maior ameaça ao status quo da indústria automobilística está na China.

Por lá, centenas de empresas fabricam veículos movidos puramente a eletricidade ou os chamados híbridos plug-in, equipados com tanque de gasolina e também bateria.

Algumas das grandes montadoras chinesas começam a mostrar ambições além de suas fronteiras. E o Brasil faz parte desses planos de expansão global, mesmo com as incertezas sobre a forma como se dará a descarbonização da frota por aqui.

Uma das empresas de olho no mercado brasileiro é a BYD. A companhia, que nasceu fabricando baterias para celulares nos anos 1990, tomou o lugar da Tesla no topo dos rankings de maior fabricante e maior vendedora de carros elétricos.

  • A BYD já tem fábricas de chassis de ônibus elétricos e painéis fotovoltaicos no país e há alguns meses especula-se sobre o interesse dos chineses por uma planta desativada em que a Ford fabricava carros na Bahia.
  • Por enquanto, a empresa oferece apenas importados aos consumidores brasileiros.
  • Mas, considerando o apetite demonstrado pela BYD, uma chegada em peso ao país parece questão de tempo.

A Great Wall Motors também está priorizando o mercado brasileiro em sua estratégia de crescimento internacional, afirma Ricardo Bastos, diretor de assuntos institucionais da GWM Brasil.

A companhia planeja começar a fabricar seus carros em Iracemápolis, no interior de São Paulo, em maio do ano que vem. Inicialmente serão dois modelos: uma picape e um SUV.

A fábrica terá capacidade para 100 mil unidades por ano, e entre a produção local e os importados a GWM pretende lançar 10 modelos no país em três anos.

Vencendo a resistência. Tanto aqui como no resto do mundo, as marcas chinesas terão de provar mais que pioneirismo e capacidade de fabricar em grandes volumes.

“Quando se fala de imagem negativa de veículos chineses, isso está muito ligado aos carros vendidos no Brasil há mais de dez anos”, diz Bastos.

O esforço de tornar o nome conhecido será grande. A empresa vai lançar uma campanha de marketing nacional em julho.

A agência de publicidade África fez um spinoff (batizado de Ásia) para cuidar da conta.

O plano da GWM também inclui 52 lojas de rua espalhadas pelo país até o fim do ano, além de 38 outras em shoppings.

A história das montadoras chinesas será diferente desta vez porque a experiência de dirigir – e manter – um veículo elétrico é outra, diz o executivo.

“A compra pode ser feita pela internet, e o carro é entregue na casa do cliente. Alguns reparos podem ser feitos via internet, com ‘oficinas remotas’, e o [software do] veículo também recebe atualizações regulares da nuvem.”

  • Os dois primeiros modelos da GWM fabricados no Brasil serão híbridos flex, mas a companhia ainda não revela uma característica fundamental: se eles serão também plug-in, ou seja, se podem ser carregados diretamente na tomada.

Trata-se de uma diferença essencial, que pode ter influência nos rumos da indústria automobilística nacional.

Foi o aumento da participação dos elétricos (tanto puros quanto híbridos plug-in) no total de carros novos vendidos no mundo no ano passado em comparação com 2021

Elétrico ou etanol? A visão corrente, tanto da parte das montadoras tradicionais quanto do governo, é que o caminho para cortar as emissões dos carros brasileiros passa pelos motores flex associados à tecnologia híbrida.

Mas a aposta da indústria, pelo menos por enquanto, é nos híbridos convencionais, em que a bateria é carregada somente na frenagem e também com o funcionamento do motor a combustão. 

Na prática, isso significa que o veículo não pode ser plugado na tomada. A gasolina ou o etanol continuam sendo os principais responsáveis pela propulsão.

Isso tem implicações importantes de custo. A mesma bateria que equipa um sedã grande 100% elétrico é suficiente para fabricar cerca de 90 híbridos convencionais.

A bateria é o item mais caro de um veículo elétrico, e as montadoras do mundo todo estão correndo para garantir o acesso aos minerais básicos de sua composição.

 O FUTURO DO BRASIL NO TSUNAMI ELÉTRICO

Rafael Chang, presidente da Toyota no Brasil, diz ao Reset que os híbridos flex convencionais são o caminho natural para o mercado brasileiro.

“Cada região e cada país tem uma realidade diferente. As tecnologias têm que estar adaptadas a elas.”

Outro ponto importante, afirma Chang, é a virtual inexistência de uma rede de recarga de baterias no país – enquanto o etanol está disponível em todos os postos de abastecimento.

Flex e plug-in. Bastos, da GWM, diz não enxergar um dilema do ovo ou da galinha (o que virá primeiro, o carro elétrico ou a infraestrutura de carregamento?).

Mas a companhia oferece aos compradores de seus veículos importados um esquema para adquirir com desconto um equipamento fabricado pela Weg para cargas rápidas em casa.

  • O carro-chefe que a GWM traz da China é o híbrido plug-in Haval 6 (na foto acima), que pode rodar cerca de 150 km só com a bateria.
  • O SUV tem mais potência e mais tecnologia embarcada que concorrentes fabricados no Brasil, além de ser carregado na tomada, a um preço mais baixo que competidores diretos fabricados no país.

A associação das montadoras brasileiras defendeu em fevereiro o fim da isenção de imposto de importação para carros elétricos, mas existe a possibilidade de que eles comecem a ser fabricados dentro do país pelas empresas chinesas.

Último refúgio do motor a combustão? O setor deseja uma transição controlada, mas o movimento que se observa no resto do mundo começa a ganhar ares de um tsunami tecnológico se aproximando da indústria.

Os elétricos (puros e híbridos plug-in) responderam por 14,9% do total de carros vendidos no mundo no ano passado, um salto de 55% em relação a 2021, segundo a McKinsey.

  • No primeiro trimestre deste ano, o modelo mais vendido no mundo foi o Tesla Model Y. Foi a primeira vez que um elétrico alcançou a marca.
  • Na União Europeia, todos os novos carros vendidos a partir de 2035 terão de ser elétricos (na Noruega eles já representam 80% das vendas). 
  • Nos Estados Unidos, além dos incentivos financeiros, uma proposta de nova regras de poluição pode acelerar a transição para os carros de zero emissões.

O Brasil, um dos grandes mercados automotivos do mundo, vai se tornar uma ilha?

A tecnologia flex “não é uma jabuticaba”, afirma Chang, da Toyota. Além de servir de polo exportador para o restante da América Latina, o Brasil pode levar a tecnologia para países emergentes em que o etanol também é uma solução viável, como Índia e Indonésia.

Mas, hoje, o Brasil segue o único mercado relevante em que o etanol está de fato disponível nas bombas.

A BYD negocia com o governo da Indonésia a instalação de uma fábrica de ônibus elétricos e potencialmente também uma de baterias (a empresa é uma das maiores fabricantes do mundo).

E nesta semana, depois de um encontro com o premiê indiano, Narendra Modi, Elon Musk afirmou estar “confiante” de que a Tesla logo estará presente no país. 

Fonte: https://www.capitalreset.com/

Revista do LabDGE UFF

A revista do LabDGE UFF é uma produção de pesquisa e extensão vinculada ao Laboratório de Design Thinking, Gestão e Engenharia Industrial da Universidade Federal Fluminense. Adotando o modelo de publicação em fluxo contínuo, a revista é aberta (gratuita) a contribuições de autores nacionais e internacionais e aceita artigos, resenhas, relatos de experiência e outras modalidades de produção acadêmica que apresentem reflexões e resultados de pesquisas em áreas como: Gestão de Operações e Serviços, Sustentabilidade, Liderança, Inovação e Transformação Digital e abordagens de melhoria contínua como: Teoria das Restrições, TQM- Gestão da Qualidade Total, Lean Thinking, Six Sigma, entre outras.

Visite nosso o laboratório LabDGE UFF (Coordenado pelo Prof. Dr. Robisom Calado): http://labdge.uff.br/

WSGT 2023

Nos dias 24 a 27 de outubro de 2023 será realizado o Workshop on Spectral Graph Theory 2023 (WSGT 2023). O objetivo é reunir pesquisadores jovens e experientes em assuntos relacionados à Teoria Espectral de Grafos e suas aplicações. Desenvolvimentos recentes e uma oportunidade para trocar novas ideias são esperados como resultados deste workshop.

O evento será em homenagem a Professora Nair Abreu, um nome importante da pesquisa operacional.

Para mais informações acesse o link: http://spectralgraphtheory.org/

EDITAL DE SELEÇÃO PARA INDICAÇÃO DE BOLSISTA CAPES DEMANDA SOCIAL (DS)

Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFF vem informar o lançamento do: EDITAL DE SELEÇÃO PARA INDICAÇÃO DE BOLSISTA CAPES DEMANDA SOCIAL (DS), para os alunos de doutorado do Programa.

Esta chamada contempla uma vaga e destina-se a candidatos que cursam o doutorado no Programa e não possuem bolsas, bem como alunos do Programa finalizando o período sanduíche no Brasil e no exterior, com encerramento das respectivas bolsas-sanduíche nos próximos dois meses. Um outro edital será lançado futuramente para atender às demandas dos alunos que buscam renovação de suas bolsas.

 Os discentes de DOUTORADO, matriculados no TPP interessados a concorrerem à bolsa de pesquisa do Programa de Demanda Social (DS) da CAPES TPP, deverão se inscrever remotamente entre os dias 18/06/2023 e 20/06/2023, por meio de envio de email para: [email protected]

XI Lean Six Sigma Congress – 25 e 26 de Maio de 2023

O Lean Six Sigma Congress tem uma história de eventos anuais singulares em relação ao intercâmbio de conhecimento, reconhecido pela sua integração acadêmico-profissional. O congresso será sediado (presencial) na cidade de Campinas no Centro de Convenções da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) nos dias 25 e 26 de maio organizado pelo GIGS (UNICAMP) e o LabDGE (Universidade Federal Fluminense).
– A Inscrições on line no XI Lean Six Sigma Congress é GRATUITA e limitada:
– Data de submissão de resumo de trabalho científico ou relatório A3: até 01 de maio de 2023
– Ação solidária contra fome e pela educação: Em solidariedade ao próximo, participe da arrecadação de alimentos não perecíveis e doação livros usados.

Professor Eduardo Uchoa, do TPP, e egresso da UFF lançam VRPSolverEasy

O professor do TPP Eduardo Uchoa e o egresso da UFF Eduardo Queiroga estão na equipe que lançou o VRPSolverEasy, um avançado pacote (mas muito fácil de usar) capaz de achar soluções ótimas para o clássico problema de roteamento de veículos.

CHAMADA! Prêmio CAPES de Tese 2023

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
lançou o Edital 02/2023 que trata da 18a edição do Prêmio CAPES de Tese. Este prêmio
reconhecerá as melhores teses de doutorado defendidas no Brasil no ano de 2022. Além disso, para concorrer, a tese deve estar cadastrada na Plataforma Sucupira da CAPES.
Estes e outros requisitos são listados no Edital da premiação, disponível no seguinte link:

https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/editais/23022023_Edital_1920279_Edital_2.2023_PREMIO_CAPES_DE_TE


Neste primeiro momento, será realizada uma seleção interna no TPP para analisar
as teses defendidas e decidir pela selecionada, considerando os requisitos e critérios do edital. Para concorrer, o concluinte interessado deverá enviar, em um único e-mail endereçado a [email protected], até quinta-feira, 30/03/2023, os seguintes documentos:

• Exemplar completo da Tese em formato PDF;
• Declaração assinada pelo autor, concordando com a inscrição de sua tese
no prêmio;
• Mini resumo da tese (até 500 caracteres);
• Foto (JPEG) do autor da tese em alta resolução (300DPI);
• Exemplares de artigos e/ou livros, publicados e/ou aceitos para publicação,
ou ainda outros produtos relevantes decorrentes da tese (registros no INPI
etc), que poderão ser considerados pela comissão de julgamento do TPP.
• Ata da defesa da tese devidamente preenchida e assinada pelos membros
da banca.

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