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Publicação de Discente do PPGEP UFF Destaca Inovação em Economia Circular e Indústria 5.0

Publicação “Framework to supporting monitoring the circular economy in the context of industry 5.0: a proposal considering circularity indicators, digital transformation, and sustainability”, é publicada no renomado Journal of Cleaner Production.

O artigo fruto do trabalho colaborativo entre o discente Renan Carriço Payer e os professores Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas e Níssia Carvalho Rosa Bergiante aborda um framework inovador para o monitoramento da economia circular no contexto da Indústria 5.0, considerando indicadores de circularidade, transformação digital e sustentabilidade.

Os autores utilizam a metodologia Strategic Options Development and Analysis (SODA) para propor estratégias e ferramentas que apoiem a transição para modelos de produção mais sustentáveis e circulares, alinhados com as tendências tecnológicas emergentes.

Detalhes da Publicação

  • Título: Framework to supporting monitoring the circular economy in the context of industry 5.0: a proposal considering circularity indicators, digital transformation, and sustainability
  • Autores: Renan Carriço Payer, Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, Níssia Carvalho Rosa Bergiante
  • Palavras-chave: Economia Circular; Transformação Digital; Sustentabilidade; Indicadores de Circularidade; Indústria 5.0; Strategic Options Development and Analysis (SODA)
  • Periódico: Journal of Cleaner Production
  • Volume: 466
  • Número: 142850
  • Ano: 2024
  • ISSN: 0959-6526
  • DOI: 10.1016/j.jclepro.2024.142850

Para celebrar esta conquista, a Elsevier disponibilizou um link de compartilhamento que oferece acesso gratuito ao artigo até o dia 3 de agosto de 2024. Acesse a versão final do artigo no ScienceDirect e aproveite para ler ou baixar sem a necessidade de inscrição, registro ou pagamento de taxas.

Leia o artigo completo aqui

Parabenizamos Renan Carriço Payer e os coautores por essa significativa contribuição para a pesquisa em engenharia de produção e sustentabilidade. Essa publicação reforça o compromisso do PPGEP UFF com a excelência acadêmica e a inovação.

UFF ganha destaque em ranking internacional de universidades

 UFF sobe posições no QS World University Rankings

Mais uma vez, a UFF é reconhecida internacionalmente por sua excelência. No último ranking mundial da QS World University Rankings 2025, divulgado no dia 4 de junho, a universidade alcançou a 12ª colocação entre as brasileiras, subindo quatro posições em relação a 2024. Além disso, a UFF ficou com a 7ª colocação entre as universidades federais e entre as 100 melhores da América Latina, com a 91ª posição, apresentando uma progressiva melhora em sua pontuação e classificação em relação aos últimos anos.

A UFF também ocupa atualmente a 55ª colocação no QS Latin America & The Caribbean Rankings 2024 e está classificada entre as 31 melhores universidades do Cone Sul, também evoluindo em relação aos anos anteriores.

O QS World Ranking surgiu em 2004, porém foi apenas em 2010 que se tornou independente do Times Higher Education (THE). Atualmente, o ranking utiliza os seguintes indicadores: Pesquisa e Descoberta, Experiência em Empregabilidade e Resultados de Aprendizado, Engajamento Global e Sustentabilidade.

“Estamos orgulhosos do reconhecimento internacional que a UFF vem alcançando. Esta ascensão no QS World University Rankings é um reflexo direto das nossas ações institucionais voltadas para a melhoria contínua da qualidade acadêmica e do impacto social. Os rankings são apenas uma consequência do esforço coletivo de nossos pesquisadores, docentes e técnicos, destacando nossa capacidade de inovação e dedicação à promoção da inclusão e do conhecimento. Continuaremos investindo em iniciativas que fortaleçam nossa posição como uma instituição de excelência, comprometida com a educação, a pesquisa e o desenvolvimento sustentável da nossa comunidade e seu entorno”, comemora o reitor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega.

Rio terá usina de “CO2 verde” – que vem do lixo

Gás Verde, do grupo Urca Energia, vai vender para a indústria de bebidas o gás carbônico que sobra da produção do biometano

Por Felipe Salgado — Rio de Janeiro

Com investimento de US$ 10 milhões, a Gás Verde vai inaugurar em março de 2025 a primeira planta de geração de CO2 verde do país. A unidade está sendo equipada na fábrica de biometano da empresa, no aterro sanitário de Seropédica (RJ), o maior da América Latina.

Lá, a companhia do grupo Urca Energia já produz 140 mil m³/dia de gás natural renovável que abastecem companhias como Ambev, L’Oreal, Ternium e Saint Gobain.

O CO2 verde é um subproduto do processo de obtenção do biometano, que envolve a purificação do biogás liberado na decomposição de resíduos orgânicos. Em vez de ir para a atmosfera, o gás carbônico – principal causador do efeito estufa – será vendido para clientes industriais.

Por ser inodoro, insípido e compatível, o CO2 é o principal gás utilizado para carbonatar refrigerantes e cervejas. Mas, com exceção da Ambev, que produz ela própria o insumo, outras empresas de bebidas da região precisam buscar o produto em Estados vizinhos, como São Paulo e Espírito Santo.

A Gás Verde já firmou contratos que vão absorver mais da metade da capacidade de sua produção do CO2 verde (100 toneladas/dia) nos próximos cinco anos, disse ao Reset o CEO da empresa, Marcel Jorand. A companhia não revela quais serão os compradores. Mas conversas já foram iniciadas com a Pepsico, Coca-Cola e o Grupo Petrópolis.

A estratégia mira a demanda por um produto cuja destinação final seria a queima, gerando as enormes chamas das chamadas torres de flare. “O que era resíduo se torna insumo para produzir outro combustível”, afirma o executivo. Com uma tecnologia de separação por membranas, o CO2 sairá com um grau de pureza de 99,9%, uma exigência dos clientes da indústria.

Outra fonte residual de biogás da fábrica da Gás Verde é utilizada para geração elétrica. A parcela que outrora era desperdiçada no processo de purificação é fonte da energia consumida pela própria planta.

O plano de expansão


O biometano, ou gás natural renovável (GRN), é a fonte de bioenergia que mais cresce no mundo. Ele pode substituir o equivalente de origem fóssil sem necessidade de alterações em equipamentos, como ou caldeiras e motores.

Sua grande vantagem é não lançar novos gases de efeito estufa na atmosfera. O carbono decorrente do consumo é “reciclado” – neste caso, a origem são resíduos orgânicos.

A Agência Internacional de Energia aposta no Brasil como o quinto maior produtor global do combustível até 2028. Segundo as estimativas da Abiogás, entidade que representa o setor, 90 plantas produzirão biometano em 2029, com investimentos previstos de US$ 11 bilhões.

No momento, a produção brasileira é de apenas 400 mil m³/dia, mas o país tem matérias-primas como lixo e restos da agricultura para chegar a 120 milhões de m³/dia. Isso corresponde à metade do volume de gás fóssil consumido diariamente no país.

A Gás Verde é a maior produtora nacional do gás natural renovável, e o modelo da companhia é montar suas usinas em aterros de terceiros, como o de Seropédica, que pertence à Ciclus.

Até o final do ano, a empresa deve alcançar a marca de 200 mil m³/dia. A meta é bater 500 mil m³ em 2026. Para isso, está convertendo todas suas plantas de biogás em fábricas de biometano – 18 no total, sendo que 2 delas já estão dedicadas ao GNR.

Os clientes da Gás Verde incluem uma planta da Ambev em Cachoeira de Macacu (RJ), a primeira fábrica de cerveja do país a rodar 100% com gás renovável, e uma unidade da Quartzolit, do grupo francês Saint Gobain, que fabrica argamassa em Queimados, também no Rio.

Descarbonizando o transporte

No fim do ano passado, a companhia fechou contrato para fornecer biometano para 100% da frota de caminhões inbound da L’Oreal que faz o transporte de suas usinas até os centros de distribuição.

A operação inclui o primeiro posto de abastecimento do país dedicado ao gás renovável. O GNR é visto como uma potencial solução para dois problemas climáticos: reduz as emissões dos aterros e ajuda a descarbonizar o transporte pesado.

A pegada da gigante francesa dos cosméticos no setor de transportes caiu de 2.800 toneladas de CO2 em 2021, quando sua frota era movida a diesel, para apenas 206 toneladas com sua transição para o biometano em 2024.

“Há uma demanda muito forte dos nossos clientes para descarbonizar o transporte, o chamado escopo 3”, afirma Jorand. 

 

“Assim como a energia eólica já foi inviável e a solar era apenas um sonho, o biometano está apenas no início. Hoje, a Gás Verde detém 50% do market share de um mercado que explora apenas 2% do seu potencial”, disse o CEO da empresa.

Fonte: https://www.g20.https://capitalreset.uol.com.br/transicao-energetica/transportes/os-carros-brasileiros-na-encruzilhada/org/pt-br/noticias/sustentabilidade-move-o-g20-brasil

Doutorando do PPGEP publica artigo de destaque no Journal of Cleaner Production

Discente Renan Payer, orientando dos professores Osvaldo Quelhas e Nissia Bergiante, publica no prestigiado Journal of Cleaner Production.

 

O doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP) da Universidade Federal Fluminense (UFF), Renan Carriço Payer, em parceria com seus orientadores, Professores Osvaldo Quelhas e Níssia Bergiante, publicou um artigo de grande relevância no prestigiado Journal of Cleaner Production.

O periódico é classificado como Qualis A1 em Engenharias III, pertencente ao quartil Q1, e está indexado em importantes bases de dados como Scopus e Web of Science/Journal Citation Reports (WoS/JCR). O artigo apresenta os resultados da tese de doutorado de Payer, marcando uma conquista significativa tanto para o PPGEP da UFF em Niterói quanto para os próprios autores.

Para mais detalhes sobre a publicação, acesse diretamente o artigo disponível em https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0959652624022996  

Embraer diz que vai produzir 1º protótipo de ‘carro voador’ em tamanho real ainda este ano no Brasil

Primeira unidade em escala real, conhecida como 1:1, já está sendo construída pela Eve Air Mobility na cidade de Taubaté, em São Paulo. Segundo executivo, os ensaios de voo devem ocorrer ainda este ano.

Por Darlan Helder, g1 — Rio de Janeiro

 

A Eve Air Mobility, empresa de mobilidade aérea urbana da Embraer, anunciou que irá produzir o primeiro protótipo de “carro voador” (eVTOL) em tamanho real “até o fim deste ano”. A montagem do veículo será feita em Taubaté, no interior de São Paulo.

Os primeiros testes de campanha de voo também devem ocorrer ainda este ano na cidade de Gavião Peixoto, a 330 km da capital paulista.

Os detalhes foram confirmados ao g1 por Daniel Moczydlower, presidente da Embraer-X, área de inovação da Embraer, durante o Web Summit Rio 2024.

A aeronave, conhecida oficialmente como eVTOL (ou “veículo elétrico de pouso de decolagem vertical”), ainda não tem nome oficial, mas é chamada internamente de Eve 01, segundo Moczydlower.

“A Eve só tinha montado e até colocou para voar o modelo de escala 1:3, que é como se fosse um drone gigante. Agora, vamos produzir o veículo de verdade, que iremos usar no futuro”, diz Moczydlower ao g1. “Esta é uma etapa essencial para começar a certificação com a Anac”, completou.

Imagem de conceito do 'carro voador' da Eve, subsidiária da Embraer — Foto: Divulgação/Embraer

Imagem de conceito do ‘carro voador’ da Eve, subsidiária da Embraer — Foto: Divulgação/Embraer

A companhia brasileira já recebeu quase 3 mil encomendas de seu eVTOL. Na última quarta (17), ela recebeu outro pedido para entregar até 50 “carros voadores” para uma empresa do Japão.

No Brasil, a previsão da Eve é que a aeronave comece a voar em São Paulo a partir de 2026. Uma das empresas que vai operar voos comerciais na capital paulista é a Voar Aviation, que comprou 70 eVTOLs da Eve.

‘Brasil tem boas chances nessa corrida’

Daniel Moczydlower, diretor global de ecossistemas de inovação da Embraer e CEO da Embraer-X — Foto: Divulgação/Embraer
Daniel Moczydlower, diretor global de ecossistemas de inovação da Embraer e CEO da Embraer-X — Foto: Divulgação/Embraer

Apesar de este setor esbarrar em vários desafios, como regulamentação, infraestrutura, treinamento de pilotos, entre outros, Daniel Moczydlower acredita que o Brasil pode se sobressair no universo dos “carros voadores”.

Esse foi um dos temas abordados por ele no painel “O Brasil vencerá a corrida do táxi aéreo?”, durante o Web Summit Rio 2024.

“A gente não saiu primeiro. Alguns países começaram antes do Brasil na corrida dos eVTOLs, mas eu ainda acho que com a combinação da Eve apoiada pela Embraer, que tem mais de 50 anos de experiência, e a competência técnica da Anac, o Brasil tem boas chances nessa corrida”, diz o executivo.

Segundo ele, a grande vantagem competitiva da Eve é a possibilidade de usar a infraestrutura da Embraer para acelerar os testes, economizando tempo e dinheiro.

 

Fonte: https://www.g20.https://capitalreset.uol.com.br/transicao-energetica/transportes/os-carros-brasileiros-na-encruzilhada/org/pt-br/noticias/sustentabilidade-move-o-g20-brasil

Os carros brasileiros na encruzilhada

A indústria automobilística está diante da maior transformação da sua história. Em boa parte do mundo, o roteiro já está definido: saem os tanques de gasolina, entram as baterias.

 

A indústria automobilística está diante da maior transformação da sua história. Em boa parte do mundo, o roteiro já está definido: saem os tanques de gasolina, entram as baterias.

A motivação principal é a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A janela para evitar consequências ainda mais graves da mudança do clima está fechando, e rápido.

 

Mas no Brasil ainda é difícil enxergar a frota desse mundo pós-carbono. Um poderoso lobby de aliados improváveis, somado a certas características únicas do país, complicam uma decisão que parece óbvia em qualquer outro lugar.

Trata-se basicamente de uma escolha entre dois caminhos. Eles não são excludentes, mas as jornadas e os destinos são muito distintos.

De um lado estão as montadoras tradicionais e seus fornecedores, os produtores de biocombustíveis e os sindicatos. Eles defendem que a opção lógica é investir em carros híbridos com motor flex.

Do outro estão desafiantes chinesas, que veem na ruptura tecnológica do carro elétrico uma chance de desbancar empresas centenárias.

O governo diz ser neutro em relação à rota tecnológica: desde que comprometidas com a descarbonização, todas as companhias poderão se beneficiar do recém-anunciado programa Mover e seus R$ 19,3 bilhões em incentivos fiscais até 2028.

Ambos os lados têm argumentos persuasivos. Tentei resumi-los abaixo, como se estivéssemos assistindo a um debate. É disso que se trata: as decisões tomadas agora vão repercutir por décadas e influenciar o lugar do país no mapa-múndi da economia verde.

Que caminho devemos tomar? Leia e tire suas conclusões.

À moda brasileira

A solução são os carros híbridos flex. Eis o porquê.

  • Eles são muito mais eficientes que os tradicionais porque têm bateria, mas não dependem de uma rede de recarga, pois o carregamento é feito pelo próprio motor a combustão (e também pela frenagem).
  • Nossa indústria de biocombustíveis é a mais desenvolvida e sofisticada do mundo.
  • Todo posto tem bombas de etanol, e a mistura do anidro com a gasolina pode chegar a 35% (desde que tecnicamente viável), segundo o projeto de lei do Combustível do Futuro sendo apreciado no Senado.
  • Oito entre dez carros que saem das concessionárias hoje são flex, uma inovação brasileira. Podemos liderar a descarbonização do Sul Global, exportando tecnologia.
  • Ela não se resume aos motores. O conhecimento acumulado em cinco décadas produzindo alternativas aos fósseis pode ser aplicado na África e no Sudeste Asiático, onde a cana-de-açúcar também pode prosperar.
  • Carros movidos a bateria custam caro demais e são um luxo até nos países ricos. Não há a menor chance de subsidiar a renovação da frota, como fez o bilionário pacote verde de Joe Biden nos Estados Unidos.
  • A conta é complexa e sujeita a muitas variáveis, mas considerando o ciclo de vida completo de um carro – da produção das matérias-primas ao descarte e incluindo a rodagem, claro –, há cálculos indicando que a pegada de carbono de um veículo tradicional é menor que a de um movido a bateria.
  • Por fim, a transição tem de ser justa. Precisamos preservar a indústria automotiva. Um motor a combustão tem cerca de dez vezes mais peças que um elétrico.
  • Isso significa menos empregos nas oficinas, nas fábricas de autopeças e em toda a longa cadeia automobilística, menos arrecadação e mais importação de componentes.

 

Em defesa das baterias

Não vamos mudar o perfil da frota tão rápido como os países ricos, mas as baterias são o futuro. Considere:

  • O carro híbrido flex vendido como resposta para a descarbonização no Brasil nem sequer entra nas estatísticas mundiais de veículos elétricos ou “eletrificados”.
  • O sistema foi introduzido pelo Prius, da Toyota, em 1997. Houve ganhos incrementais desde então, mas esse tipo de carro foi literalmente ultrapassado pela tecnologia.
  • A bateria é pequena e dá só um empurrão. O que move o carro é o motor de combustão, que funciona o tempo todo. Etanol no tanque diminui as emissões, mas os particulados continuam sendo lançados no ar.
  • O Brasil tem uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo. Carregar uma bateria aqui faz todo o sentido (e sai mais barato que encher o tanque).
  • Sim, o preço dos elétricos ainda é maior. Mas o componente de maior custo, a bateria, fica mais barato. E não há trégua na corrida por melhores materiais, mais eficiência e capacidade.
  • Não é necessário pular direto para os elétricos puros. Os híbridos plug-in oferecem o melhor dos dois mundos. Eles têm baterias grandes, carregadas na tomada.
  • Os elétrons movimentam o carro nos deslocamentos do dia a dia. Vai viajar ou ficar longe de estações de recarga? O tanque está aí para isso.
  • Sim, a transição tem de ser justa. O governo pode investir em requalificação. Novos empregos serão criados. Com recursos minerais, o país pode fabricar as células de bateria em vez de importá-las.
  • O Sul Global pode trilhar uma rota parecida com a brasileira? Sem dúvida. Mas a onda da eletrificação pode ser mais rápida. Para que outros mercados o país exportaria?
  • Podemos nos dar ao luxo de não aprender e desenvolver aqui dentro as várias tecnologias do carro elétrico? O Brasil será o último refúgio do motor de combustão interna?

HÍBRIDO FLEX – Esses modelos têm dois motores, um de combustão e um elétrico. Mas a bateria é pequena e não pode ser carregada na tomada – ela ajuda na eficiência. O carro não roda sem combustível 

HÍBRIDO PLUG-IN  Pode funcionar só com gasolina ou só com eletricidade. O nome plug-in indica que a bateria pode ser carregada na tomada. A ideia é que o tanque funcione como uma garantia caso não haja opção de carregamento

100% ELÉTRICO –

 Também conhecido pela sigla BEV (battery electric vehicle) O carro só funciona com eletricidade. Os mais conhecidos são os da Tesla, que apostou nos 100% elétricos desde sua fundação

 

Fonte: https://www.g20.https://capitalreset.uol.com.br/transicao-energetica/transportes/os-carros-brasileiros-na-encruzilhada/org/pt-br/noticias/sustentabilidade-move-o-g20-brasil

Projeto de Lei do Combustível do Futuro é aprovado na Câmara

Texto agora vai para o Senado; projeto teve alterações envolvendo mistura de biodiesel e programa de biometano

 

A Câmara dos Deputados acabou de aprovar o PL do Combustível do Futuro, importante proposta do governo federal que tramitava havia seis meses na Casa.

O texto teve 429 votos a favor, 19 contra e três abstenções, e agora será encaminhado para avaliação no Senado. O projeto final traz mudanças em relação à versão que havia sido enviada pelo governo, em setembro. 

Entre as principais alterações estão a inserção de metas para a mistura de biodiesel ao diesel de origem fóssil e a criação de um programa para estímulo ao biometano.

As mudanças não são uma novidade por completo. No fim de fevereiro, o relator da proposta, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), já havia apresentado seu parecer, sugerindo alterações na proposta.

A recepção havia sido difusa. Detalhes do texto haviam incomodado alguns setores, especialmente de petróleo e gás. Integrantes do governo teriam ficado insatisfeitos com a possibilidade de perda de poderes envolvendo a mistura do biodiesel, prevista no relatório de Jardim.

Biodiesel

O relatório apresentado originalmente por Jardim sugeria que fossem alterados os percentuais de misturas obrigatórias de etanol e biodiesel.

A mudança envolvendo o etanol anidro à gasolina, podendo chegar a um percentual máximo para 35%, foi mantida.

Mas houve mudanças em relação à quantidade de biodiesel adicionado ao diesel vendido ao consumidor final.

Jardim havia sugerido que a mistura obrigatória, hoje de 14%, começasse a subir um ponto percentual a cada ano, até atingir 20% em 2030, passando para 25% a partir de 2031.

O texto aprovado mantém esse calendário, mas ele deixa de ser obrigatório e passa a ser uma meta a ser alcançada nos próximos anos.

A avaliação final das metas ficará a cargo do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), liderado pelo Ministério de Minas e Energia e ligado diretamente ao governo.

 

Fonte: https://www.g20.org/pt-br/noticias/sustentabilidade-move-o-g20-brasil

Sustentabilidade move o G20 Brasil

Carros movidos a etanol e híbridos, que funcionam também com energia elétrica, vão transportar as delegações internacionais durante os eventos do G20. Acordo entre o Ministério das Relações Exteriores e a Unica reforça o protagonismo do Brasil em transições energéticas e garante o uso de energias renováveis e limpas como combustível da frota oficial do G20.

 

Apenas veículos híbridos e flex serão utilizados no transporte das delegações oficiais que participarão dos eventos do G20 Brasil ao longo do ano. O Ministério das Relações Exteriores (MRE), fechou um acordo de cooperação com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) para disponibilizar os veículos  nas reuniões do G20 durante a presidência brasileira do Grupo. 

A iniciativa será lançada durante a reunião de chanceleres que acontece no Rio de Janeiro, nos dias 21 e 22 de fevereiro, e reforça a necessidade e importância do uso de fontes limpas de energia, como o etanol brasileiro, conhecido por reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa. 

O evento do Rio contará com cerca de 80 veículos, movidos a etanol. Após a reunião, a frota seguirá para São Paulo, onde fará o transporte das delegações participantes da reunião de ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20, entre 26 e 29 de fevereiro.

A cooperação prevê a expansão da frota ao longo de 2024, de forma a aumentar o percentual de carros movidos exclusivamente a etanol e de veículos híbridos-flex (que também utilizam energia elétrica). O uso destes carros deve atingir seu ápice na Cúpula do G20, que reunirá os chefes de Estados e de Governo das maiores economias do planeta, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. 

Prioridade brasileira

A promoção do desenvolvimento sustentável, justo e inclusivo é uma das prioridades da presidência do Brasil para o G20, país que tem a matriz energética mais renovável entre as maiores economias do mundo. 

“O etanol é um produto 100% brasileiro. Enquanto o mundo ainda caminha para o desenvolvimento de ações para a mobilidade que reduzam as emissões de CO2, o Brasil tem pronto um biocombustível sustentável que é utilizado por sua população há décadas”, destacou o presidente da Unica, Evandro Gussi. 

O Brasil produz e utiliza biocombustíveis há cerca de 40 anos, contribuindo de forma significativa para a redução das emissões do setor de transporte. Além disso, o país utiliza um dos maiores percentuais de etanol na composição de sua gasolina. Segundo estimativa da Agência Internacional de Energia, o mundo precisaria triplicar a oferta de biocombustíveis até 2030, a fim de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa no setor de transportes. Nesse sentido, a produção global teria que crescer, em média, 17% ao ano, pelos próximos seis anos.

A parceria entre o MRE e a Unica foi estabelecida no contexto da Aliança Global para Biocombustíveis, lançada à margem da última Cúpula do G20, em setembro de 2023, na Índia. A Aliança reúne 19 países e 12 organizações internacionais, com o objetivo de fomentar globalmente a produção sustentável e o uso de biocombustíveis. Seu lançamento contou com a participação de Brasil, Estados Unidos e Índia, os três principais produtores de etanol.

 

 

Fonte: https://www.g20.org/pt-br/noticias/sustentabilidade-move-o-g20-brasil

Em fábrica da Natura no Pará, um caminho para a bioeconomia na Amazônia

Planta aponta uma solução para o desenvolvimento sustentável em comunidade que carece de opções – mas replicar o modelo não é trivial

Por Italo Bertão Filho

 

Santo Antônio do Tauá (PA) – A Natura inaugurou em fevereiro a primeira agroindústria de óleos essenciais dentro de seu universo de comunidades fornecedoras da Amazônia. A planta de Santo Antônio do Tauá (na foto acima), a 56 quilômetros de Belém, no Pará, promete mudar a vida de cem famílias da região.

Os produtores já vendiam plantas como capitiú, estoraque, pataqueira e priprioca – utilizadas em produtos da linha Ekos –, mas sempre para um intermediário, responsável pelo processamento.

A implantação de uma estrutura industrial, ainda que de pequeno porte, no meio de uma região extrativista representa uma mudança significativa no modo de produção local.

 

A matéria-prima bruta agora passa por um tratamento inicial da própria comunidade de Campo Limpo. A expectativa é que sejam processadas cerca de 150 toneladas anuais de cultivos locais.

Das 48 comunidades amazônicas com as quais a Natura mantém contratos de fornecimento, 18 já possuem agroindústrias. Nem todas foram construídas em parceria com a companhia, mas a ideia da empresa é cada vez mais levar a agregação de valor para perto de onde vêm os insumos.

Essa transformação da agricultura familiar costuma ser apontada como uma das chaves para o desenvolvimento sustentável na região. Mas a tarefa não é simples. Mudar a realidade dos pequenos agricultores exige dinheiro e conhecimento.

Isso sem contar a infraestrutura básica de água e luz e esgoto, bem como a logística: a produção precisa ser escoada, um problema especialmente complicado para populações remotas ou somente acessíveis por rios.

O modelo não é facilmente replicável, diz o pesquisador Marcelo Elias dos Santos, que estudou a relação entre comunidades e a Natura em sua tese de doutorado defendida na Universidade de São Paulo (USP).

“Toda comunidade tem a sua história, o seu patrimônio genético e a sua biodiversidade. Cada uma tem suas peculiaridades de manejo, gente e volume de produção”, pontua ele.

Ainda assim, a pequena planta de Campo Limpo, no município de Santo Antônio do Tauá, mostra um caminho – e também os desafios – para uma bioeconomia amazônica sustentável.

Garantia de fornecimento

A Natura não revela o valor do investimento, mas o custo estimado para a implantação de uma agroindústria básica pode chegar a cerca de R$ 1,5 milhão, nas contas do gerente-sênior de suprimentos da companhia, Mauro Corrêa da Costa.

A contrapartida é a preferência na compra da produção, mas a fábrica também pode fornecer para terceiros. “Para você praticar o biocomércio ético você não pode exigir um contrato de exclusividade”, explica Costa.

O acesso às matérias-primas da floresta é importante, mas não é o fator decisivo, diz João Moura, vice-presidente de suprimentos da Natura. A diferença está nas fórmulas e no processo de fabricação.

Para as cerca de cem famílias da região, o benefício tem várias dimensões. O primeiro é o aumento de renda. A Natura estima que, com o processamento das plantas, a receita bruta cresça 60%, passando de R$ 800 mil anuais hoje para R$ 1,3 milhão.

Além das espécies nativas usadas nos cosméticos, o plantio de hortifrutis orgânicos é o outro motor da economia local.

Contenção do êxodo

Como em tantas outras comunidades daquela área, a perspectiva da vida difícil no campo leva as nova gerações a buscar alternativas, às vezes bem longe dali.

“Parece que todo paraense quer ir para Santa Catarina”, diz Dilma Lopes, presidente da Aprocamp, a associação local de produtores rurais que administra a fábrica. Ela fala em tom de brincadeira, mas na região esse é um problema real.

Evitar a migração dos jovens para cidades maiores, no Pará ou em outros Estados, é um dos impactos esperados com a planta de processamento.

A agroindústria deve gerar mais 25 empregos na comunidade – hoje, são 75 pessoas envolvidas no fornecimento de matérias-primas da Natura. E boa parte desses postos devem ser ocupados por descendentes dos fundadores da associação.

Lopes diz que a permanência dos jovens no local e a transferência de conhecimento de geração a geração é a concretização do sonho dos fundadores da comunidade, que começou a se formar ainda na década de 1980.

“Nossos filhos, netos, estão aqui na nossa comunidade, acreditaram no trabalho, acompanharam os nossos fundadores. Eles estão acreditando cada vez mais [na perenidade das atividades]”, afirma ela, também filha de um dos pioneiros.

Plantas como a de Campo Limpo ainda são poucas no Pará, disse ao Reset o secretário de Agricultura Familiar do Estado, Cássio Pereira. Ele afirma que há um movimento se formando.

“Na Transamazônica, temos exemplos de fábricas de chocolate organizadas por cooperativas. No sul do Pará, temos agroindústrias de frutas.”

No ano passado, o governo estadual lançou um plano de bioeconomia que contempla a inserção das agroindústrias no universo da agricultura familiar.

Algumas iniciativas já existem, como os programas Pró Cacau e Pró Açaí, para o desenvolvimento de cadeias produtivas.

* O repórter viajou a convite da Natura

 

Fonte: https://capitalreset.uol.com.br/transicao-energetica/transportes/raizen-e-byd-se-unem-para-criar-pontos-de-recarga-de-carros-eletricos/

Raízen e BYD se unem para criar pontos de recarga de carros elétricos

Serão 600 pontos em postos Shell de oito capitais em três anos, com mais de 18 MW de potência instalada

Por Ilana Cardial

 

Raízen e a BYD fecharam uma parceria para aumentar os pontos de recarga de veículos elétricos do Brasil. Serão instalados 600 novos pontos em postos Shell, com mais de 18 MW de potência instalada, em oito capitais do país nos próximos três anos, conforme comunicado ao mercado nesta manhã.

Os eletropostos começarão a ser implementados a partir de 2024 nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Salvador e Belém. A expectativa da Shell é que seus hubs de recarga elétrica estejam presentes em todo território nacional até 2025.  

A energia utilizada será 100% renovável. O acordo foi feito por meio da Raízen Power, braço de soluções de energia elétrica renovável da Raízen criado em maio do ano passado. 

 Sem dar detalhes, as empresas preveem uma oferta competitiva de serviços de recarga para motoristas BYD, com descontos na rede Shell Recharge, e energia renovável para seus concessionários. 

Ampliar a infraestrutura de recarga é crucial para os planos de avanço da BYD, maior fabricante de carros elétricos do mundo – à frente da Tesla, de Elon Musk. A montadora chinesa também será a primeira a fabricar os veículos 100% elétricos no Brasil, em Camaçari (BA).  

“Acreditamos que é crucial ter uma infraestrutura de recarga robusta e amplamente distribuída. À medida que embarcamos no nosso ambicioso plano de expansão de vendas, é essencial investir em infraestrutura de recarga”, disse Stella Li, vice-presidente executiva da BYD e CEO da BYD Américas, em nota. 

As empresas não informam o volume investido. A parceria conta com a colaboração da Tupinambá Energia, plataforma para gestão  e controle do carregamento de veículos elétricos.


Fonte: https://capitalreset.uol.com.br/transicao-energetica/transportes/raizen-e-byd-se-unem-para-criar-pontos-de-recarga-de-carros-eletricos/

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